Migrações: Marcelo Rebelo de Sousa diz que «Portugal deve muito aos que chegam» e valoriza contributo para «sociedade mais jovem, diversa e com futuro»

Papa Francisco enviou mensagem aos participantes do Fórum das Organizações Católicas para a Imigração e Asilo que assinalou Dia Internacional dos Migrantes

Foto: Lusa

Lisboa, 18 dez 2021 (Ecclesia) – O Presidente da República disse hoje que falar das migrações é falar do “futuro comum” e Portugal “muito deve a todos os que chegam e ajudam a construir uma sociedade mais jovem, diversa e com mais futuro”.

“Este dia 18 de dezembro recorda-nos que existe uma única humanidade da qual todos fazemos parte, uma realidade que parece ficar esquecida perante os obstáculos colocados àqueles que são obrigados a abandonar os países de origem”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem em vídeo divulgada no encontro do Fórum das Organizações Católicas para a Imigração e Asilo (FORCIM) que hoje assinala o Dia Internacional dos Migrantes.

A iniciativa do FORCIM, com o tema «Rumo a um Nós cada vez maior», foi, em agosto encorajada por Marcelo Rebelo de Sousa, numa reunião, onde escutou as preocupações das organizações que incidiam sobre o plano nacional de implementação do pacto global para as migrações regulares, seguras e ordenadas.

“Escutei preocupações sobre como poderiam ser chamados a contribuir envolvendo no plano nacional as instituições que representam, olhando para o futuro e para os desafios que em conjunto teremos de enfrentar”, recordou.

O Presidente da República valorizou o contributo dos migrantes para a construção de uma “sociedade portuguesa mais jovem, diversa e com mais futuro”.

O encontro terminou com a leitura de uma mensagem do Papa Francisco dirigida aos participantes do FORCIM com o objetivo de “animar a uma mútua e frutuosa partilha”.

“Animar a uma mútua e frutuosa partilha, de saber e experiência, assente na dignidade comum e ao serviço de um futuro necessariamente comum, que ajude a conjugar múltiplas iniciativas de bem-fazer, e boas vontades dispersas, tornando-se um laboratório de fraternidade”, afirmou o Papa Francisco.

Para que o “laboratório da fraternidade” se realize, importa o “reconhecimento efetivo da dignidade de toda a pessoa humana, tal é o fundamento ético e um fundamento universal que está no centro da doutrina social cristã” e também a “abertura confiante a Deus, pai de todos, e este é o fermento que somos chamados a levar como crentes”.

A diretora da Obra Católica portuguesa das migrações terminou o encontro com o desafio de investimento “nas relações humanas, entre instituições que compõem a sociedade”.

Eugénia Quaresma afirmou o dia 18 de dezembro como uma “homenagem aos migrantes” e deu conta da importância do acolhimento de quem chega: “Podemos não ter a resposta mas se acolhermos a pessoa sente-se mais pessoa e isso fará a diferença”.

“Nós não podemos viver sem eles, também somos migrantes. Se tivermos esta consciência olhamos para esta temática de outra forma. É preciso investir na gestão mas também na integração”, sublinhou.

LS

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