Sínodo: Secretário-geral aponta a Igreja «mais capaz de incluir os pobres, os últimos, os afastados» (c/fotos)

Cardeal Mario Grech presidiu à recitação do Rosário, na Praça de São Pedro, pelos trabalhos sinodais

Cidade do Vaticano, 08 out 2023 (Ecclesia) – O secretário-geral do Sínodo, cardeal Mario Grech, presidiu na noite de sábado à recitação do Rosário pelos trabalhos sinodais, pedindo que dos mesmos surja uma mais Igreja “mais capaz de incluir”.

“Na primeira fase do caminho, assim como nestes primeiros dias da assembleia, emergiu com força a necessidade de uma Igreja mais capaz de incluir os pobres, os últimos, os afastados, com particular atenção aos migrantes e refugiados, que representam uma urgência do nosso tempo em todos os continentes”, disse o responsável da Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos.

A primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos decorre até 29 de outubro, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’; Francisco decidiu que a mesma terá uma segunda etapa, em 2024.

O cardeal Grech deixou votos de que todos sejam capazes de “alargar os espaços eclesiais” para acolher os migrantes e refugiados, permitindo que possam “contribuir para a missão comum”.

“A atual reflexão sobre a sinodalidade não pode deixar de ter como objetivo a missão: a comunhão dos batizados com Deus e entre si, que se deve manifestar cada vez mais na participação de todos na obra de todos, tem como meta uma Igreja mais extrovertida, mais voltada para os homens e mulheres do nosso tempo, numa palavra, mais missionária”, disse ainda.

Peçamos ao Senhor que dê ao Sínodo a coragem de tomar a cruz dos homens e das mulheres do nosso tempo, de tomar a cruz da diversidade de visões e de perspetivas, de não rejeitar a cruz da incompreensão por parte daqueles que esperam do Sínodo aquilo que o Sínodo não pode e não deve dar”.

O Vaticano adiantou aos jornalistas, este sábado, que os dias dedicados ao exame da primeira secção do ‘Instrumentum Laboris’ (documento de trabalho) levaram à realização de relatórios dos grupos de trabalho linguísticos (círculos menores), de 10 a 12 pessoas -, “aprovados por cada círculo por ampla maioria”.

Os textos entregues à Secretaria-Geral do Sínodo.

O briefing de sábado contou com a presença do cardeal Fridolin Ambongo Besungu, presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (Secam), segundo o qual “ninguém veio com uma agenda para impor”.

Foto: Vatican Media

“Sinodalidade não significa expressar opiniões pessoais, mas caminhar juntos em direção à praia onde o Senhor espera por nós”, observou o responsável, que convidou a moderar “expectativas exageradas” relativamente à assembleia sinodal.

O encontro com os jornalistas teve ainda a participação da irmã Leticia Salazar, atualmente a trabalhar nos EUA, para quem “a sinodalidade não é um conceito, mas uma experiência de ser ouvido, incluído”.

Os trabalhos no Auditório Paulo VI regressam na segunda-feira de manhã, imediatamente após a Missa na Basílica de São Pedro, com a quarta reunião geral, que será transmitida online, sobre um novo ponto do ‘Instrumentum Laboris’: “Uma comunhão que irradia. Como ser mais plenamente um sinal e um instrumento de união com Deus e de unidade do género humano?”.

Os participantes vão eleger os membros da comissão do relatório-síntese e da comissão para a informação.

OC

Oração do Terço na Praça São Pedro pelos trabalhos sinodais

 

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