Ucrânia: Comissão Justiça e Paz de Coimbra alerta para a «necessária dignidade na integração dos refugiados»

Instituição diocesana escreveu nota, destacando «solidariedade infinda» perante a guerra

Foto: Lusa

Coimbra, 14 mar 2022 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra destacou a força da sociedade civil em toda a Europa, numa “solidariedade infinda” perante a guerra na Ucrânia, mas alerta para a “necessária dignidade na integração dos refugiados”.

“Louvar a força de uma sociedade da sociedade civil que, em toda a Europa, se mobiliza numa solidariedade infinda que é um sinal de esperança no futuro”, refere uma nota do organismo católico, enviada à Agência ECCLESIA.

Segundo o comunicado, a “invasão da Ucrânia pela Rússia afronta todas as normas de direito internacional”, enaltece a “forma como o povo português tem manifestado a sua solidariedade numa multiplicidade de formas” e defende que a “corrente de esperança que tal mobilização representa não pode ser desperdiçada pela falta de organização ou pela proverbial burocracia”.

“Importa que tais esforços, e boas vontades, sejam globalmente coordenados nos diversos planos (Local, regional, nacional) e nas suas múltiplas vertentes, que vão desde o alojamento; à escola e ao trabalho, proporcionando uma resposta pronta e eficiente”, refere o texto.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra releva que o “Grupo Operativo Único, coordenado pelo Alto Comissariado para as Migrações e pelo Instituto de Segurança Social, bem como o agora criado “Portugal for Ukrania”, assegurem a capacidade e empenho, “para um afluxo de requerentes que de tudo são carentes”.

“A integração destes refugiados na sociedade portuguesa, com a necessária dignidade, é uma tarefa que compete a todos nós, indo perdurar no tempo”, indica o organismo.

A nota aponta a responsabilidade da guerra, “única, e exclusivamente, no regime autocrático e plutocrata que domina a Rússia”, a “destruição bárbara” que “semeia o terror” e pede que “o Governo de Portugal esteja atento e interventivo no desenvolvimento deste processo”.

Quanto ao povo russo a viver em Portugal, a Comissão justiça e Paz de Coimbra pede que “faça destrinça, evitando que recaiam sobe os imigrantes russos que residem no nosso país as consequências das decisões dos dirigentes russos”.

“Salientar que a compreensão da presente crise só é possível se tivermos presente que o regime autocrático russo tem como base um sistema financeiro dominado por cleptocracias  que se apoderaram dos recursos naturais da Rússia. A existência de uma cleptocracia conectada em rede com ligações à escala global, dominando Estados, é uma ameaça á paz mundial”, indica a nota.

SN

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