Igreja/Estado: D. José Cordeiro pede «políticas geradoras de emprego» para o interior do país

Bispo de Bragança-Miranda acompanha despovoamento e abandono do «interior profundo»

Foto: Mensageiro de Bragança

Bragança, 27 abr 2019 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda pediu hoje “políticas geradoras de emprego” para que os jovens que se qualificaram académica, técnica e profissionalmente possam abrir “horizontes de empreendedorismo” no nordeste transmontano.

“A vossa qualificação académica, técnica e profissional abre horizontes de empreendedorismo, de iniciativa empresarial, de criatividade e de grande coragem em Bragança, em Portugal ou nesta terra global”, afirmou D. José Cordeiro aos alunos finalistas do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), durante a cerimónia da bênção das pastas.

O responsável da diocese, na homilia enviada à Agência ECCLESIA, pediu “maior dedicação dos poderes públicos nas políticas geradoras de emprego”.

Citando a «Gaudium et Spes», constituição pastoral do Concílio Vaticano II, D. José Cordeiro afirmou que tanto a comunidade “política” como a “académica” existem para alcançar “o bem comum, o bem de todos e de cada um”.

O IPB, frisou o bispo diocesano, tem sido um “lugar de esperança”, a par de “algumas empresas” que contrariam o “envelhecimento populacional e da baixa natalidade”, com consequente “despovoamento e abandono do território” do “interior profundo”.

“Que fazer para inverter esta situação? A comunidade política de Portugal e a local, a comunidade académica e social têm dado o seu contributo positivo para o desenvolvimento integral? Para a coesão social e territorial?”

Lembra D. José Cordeiro que os jovens “não podem viver sentados num sofá ou nas bancadas”, “não basta constatar, é necessário e urgente agir e dar memória ao futuro”.

“Se os jovens nos fazem falta, há que dar as oportunidades capazes de se fixarem neste território encantador, continuando a perseguir o fito do acesso ao trabalho, combatendo o despovoamento e as desigualdades sociais”, pediu o bispo de Bragança-Miranda.

Aos finalistas exortou ainda a nos “lugares da lusofonia e do mundo” serem “protagonistas de uma nova humanidade”.

LS

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