Igreja/Ensino: Responsáveis sublinham restrições à liberdade de ensino que limitam missão da Universidade Católica

Celebração do Dia Nacional da UCP deixa apelos para o futuro

Lisboa, 05 jan 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse este domingo à Agência ECCLESIA que o Estado deveria reconhecer o papel da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e de outras iniciativas da “espontaneidade social”, com um maior apoio.

D. Manuel Clemente, magno chanceler da UCP, considera que o Estado, para além de promover “iniciativas próprias”, deve apoiar as que “comprovadamente funcionam e que são de interesse público”.

Na celebração do Dia Nacional da UCP, em ano de 50.º aniversário, o cardeal-patriarca deixou uma mensagem de otimismo: “A Universidade Católica faz o seu caminho e consegue recursos para avançar”.

O responsável falava no final da Missa que reuniu na igreja de São Roque, em Lisboa, muitos colaboradores e docentes da instituição de ensino superior.

Manuel Braga da Cruz, antigo reitor, referiu por sua vez que a Universidade Católica é a concretização de uma longa expetativa, com uma “pré-história de outros cinquenta anos”.

Realçando o “contributo relevante para o desenvolvimento do país” prestado pela UCP, Braga da Cruz lamenta, no entanto, a “ausência de liberdade de ensino” que se verifica em Portugal, o que leva a instituição a não poder receber todos os alunos que o desejariam.

Neste sentido, elogia a “orientação social forte” que leva a Universidade a proporcionar bolsas de estudo a alunos carenciados, através de programas como o ‘Fundo Papa Francisco’, apresentado ao pontífice em outubro de 2017.

Alfredo Teixeira, professor da Faculdade de Teologia, fala numa “marca” da Universidade Católica na sociedade portuguesa que é “essencial para a história do conhecimento em Portugal”, pela capacidade de “afirmar uma visão cristã do mundo através da formação de lideranças e de profissões especializadas”.

Criada em 1967, a Universidade Católica Portuguesa tem hoje núcleos em Lisboa, Porto, Braga e Viseu; em 50 anos já concedeu graus académicos a 44 mil alunos.

LFS/HM

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