Natal: As tradições natalícias da Póvoa do Varzim chegaram à Rússia (c/vídeo)

Jornalista José Milhazes recorda vivências desta solenidade em Moscovo

Lisboa, 28 Dez 2020 (Ecclesia) – O jornalista e investigador José Milhazes considera que teve vivências natalícias “muito diferentes” ao longo da sua vida e que passou um Natal “completamente sozinho” num hospital da Rússia.

Nascido numa família católica e de pescadores, José Milhazes recorda o Natal “como uma festa muito especial”, disse esta segunda-feira no Programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

“Comíamos sentados no chão, ainda hoje é costume entre os pescadores, onde se juntava a família toda”, realça o jornalista.

Os natais de infância ficaram na memória porque “era talvez a única vez que nos juntávamos todos porque eram pescadores de alto mar”.

Posteriormente, José Milhazes foi para a Rússia e, mesmo como “ateu militante” nessa altura, não prescindia do Natal.

“Os estudantes que lá estavam organizavam o Natal e sempre que possível vinha bacalhau de Portugal”.

A festa natalícia existia na mesa, “eu fazia as rabanadas à poveira” e “tínhamos sempre muita alegria”, recordou José Milhazes.

“O natal era o símbolo da família” e foi “muito doloroso”, nos finais da década de 70, um “natal passado no hospital”, sublinhou.

“Passei o Natal completamente sozinho porque os russos não festejavam o Natal, era uma festa proibida”, confidenciou.

Na altura, o regime soviético permitia assinalar o Natal “mas de uma maneira muito limitada”, acrescentou.

As Igrejas “estavam abertas”, mas a “polícia controlava entradas e saídas”, realçou José Milhazes.

Estas vivências e outras foram transmitidas, hoje, no Programa ECCLESIA na RTP2.

PR/LFS

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