Incêndios: Cáritas de Portalegre-Castelo Branco manifesta apreensão com impacto económico e social nas comunidades

Organização católica lamenta ausência de medidas «eficazes» de prevenção

Foto: Lusa

Portalegre, 27 jul 2020 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco referiu hoje à Agência ECCLESIA que está a acompanhar a evolução dos incêndios neste território, manifesta apreensão com o seu impacto económico e social nas comunidades locais.

“Estamos apreensivos com os prejuízos infligidos a estas comunidades, que todos os anos vêm o seu património consumido pelas chamas, sem que sejam tomadas medidas eficazes de prevenção”, refere Elicídio Bilé, responsável do organismo.

“Até ao momento não surgiram pedidos de auxílio, tendo em conta que o levantamento ainda está a ser feito pelos gabinetes técnico de ação social das autarquias e pelos respetivos párocos”, acrescenta.

A Cáritas Diocesana está a acompanhar a situação em contacto permanente com as Câmaras Municipais e paróquias envolvidas, mostrando-se “disponível para cooperara com todas as entidades que, no terreno, desenvolvem um esforço meritório no apoio às populações”.

Do levantamento já elaborado, destaca-se “uma enorme área ardida de pinhal e eucaliptal”, ainda que não tenham sido atingidas habitações, “apenas alguns barracões, palheiros e agricultura de subsistência”.

A organização católica lamenta ainda a morte de Diogo Dias, bombeiro de 21 anos, que foi vítima de um acidente no quadro de operações.

“Lamentamos as perdas de vidas dedicadas ao apoio às populações, sobretudo um jovem e abnegado bombeiro natural de Proença a Nova que deu a sua vida a cuidar da vida do seu semelhante”, indica a Cáritas de Portalegre-Castelo Branco.

“Pensamos que não podemos continuar a olhar para as cinzas que resultam da ineficácia de quem deveria preveni-las e de podermos agir a montante dos problemas”, conclui este organismo da Igreja Católica.

Foto: Lusa

O incêndio que deflagrou no sábado em Oleiros, e que se estendeu a Proença-a-Nova e Sertã, foi hoje dominado pelas 08h00, atingindo cerca de seis mil hectares de floresta; o fogo fez um morto e sete feridos.

A maioria das pessoas retiradas de casa no domingo já regressou às suas habitações.

O bispo de Portalegre-Castelo Branco enviou este domingo uma mensagem à diocese, lamentando que a mesma esteja a ser “mais uma vez tragicamente atingido pelos incêndios”.

OC

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