COVID-19: Vacinas deram às pessoas “uma ressurreição da esperança”

Capelão do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, considera que a imunização tem gerado uma “grande confiança”.

Foto Agência ECCLESIA/LFS – Vacinas

Viana do Castelo, 28 abr 2021 (Ecclesia) – O capelão do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, considera que as vacinas contra o Covid-19 trouxeram às pessoas “uma ressurreição da esperança” e um tempo “mais calmo” nas suas vivências.

“Podemos dizer que as vacinas trouxeram uma ressurreição da esperança às pessoas, um tempo mais calmo mesmo dentro dos hospitais e percebe-se claramente um espécie de retirada de carga”, disse à Agência ECCLESIA o padre Fábio Carvalho.

A vacinação contra o vírus colocou as pessoas “num ambiente mais leve e mais confiante”, precisou o capelão hospitalar daquela unidade do alto Minho.

Com a diminuição do número de mortes e infetados nos últimos tempos, o estado de espírito das pessoas ficou “mais suave” porque as pessoas passam a vida “a lutar contra a morte”, frisou o padre Fábio Carvalho.

“A luta contra a morte é o grande desafio da nossa vida e, num profissional de saúde mais ainda”, sublinhou.

O vírus é “desconhecido e imprevisível” nos seus efeitos, mas é “interessante” verificar que, mesmo junto dos profissionais de saúde, “a imunização da população tem gerado uma grande confiança”.

Mesmo continuando a usar máscara e a ter todos os cuidados aconselhados pela Direção Geral da Saúde (DGS), as pessoas “já não vivem debaixo da pressão e do medo da morte eminente”, disse o capelão hospitalar.

Em relação às vacinas, o padre Fábio Carvalho considera que “há muita desinformação e muito medo”, todavia é fundamental perceber “se existem razões científicas que justificam determinados medos”.

“A ciência faz-se com avanços e recuos”, mas “há obrigação moral” de acrescentar confiança nas vacinas e “na resolução de um problema que afeta toda a humanidade”, precisou o sacerdote.

Neste mês de abril, de 13 a 17, o sector da Pastoral da Saúde da Diocese de Viana do Castelo organizou um ciclo de conferências subordinado ao tema “Somos a Igreja que acolhe e promove a vida”.

“As questões da vida devem ser refletidas tendo em conta a pandemia que se vive e as diversas legislações que vão surgindo nos vários países e também em Portugal”, disse o padre Fábio Carvalho.

As problemáticas ligadas à vida, como seja “a eutanásia, aborto, procriação medicamente assistida e a fertilização in vitro post mortem”, devem ser objeto de “muita reflexão”.

Os oradores de várias áreas do conhecimento ajudaram os participantes “a perceberem e entenderem” que “a vida é um todo” e necessita “de ser dignificada”, concluiu o padre Fábio Carvalho.

LFS

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